Norma ANSI/TIA/EIA-942 – nova norma define hierarquia e orienta usuáriosNo Comments ?O Data Center é atualmente o centro nervoso das empresas, parte integrante de seu cérebro. Não se imagina uma empresa, de médio ou grande porte, que possa produzir sem que seu Data Center esteja funcionando a plena carga.
Originalmente chamado de CPD (Centro de Processamento de Dados), assim chamado porquê era lá que residia o mainframe, o coração de todo o processamento automatizado que ocorria na empresa, seu nome migrou para o charmoso nome de “Data Center”, pois sua função agora reflete o que há de mais importante em uma corporação: as informações.
Por abrigar um bem tão precioso, o Data Center não pode se dar ao luxo de ficar “fora do ar” por muito tempo, caso contrário a corporação corre sério risco de comprometer seu faturamento e lucratividade. Ou seja, um Data Center precisa estar sempre disponível.
Como, então, garantir a construção de Data Centers que não param? A construção de Data Centers sempre foi baseada em recomendações de fabricantes de mainframes, de equipamentos de TI e na experiência dos próprios engenheiros e analistas que o projetavam. Mas agora, não mais. Há uma nova norma que regulamenta e padroniza a construção de novos Data Centers, a ANSI/TIA/EIA-942 – Telecommunications Infrastructure Standard for Datacenters. Inicialmente com abrangência apenas nos EUA, a ela logo se seguirão normas internacionais, da ISO, e nacionais, da ABNT.
A TI-942 trata de quatro disciplinas intimamente relacionadas com o projeto de Data Centers: Arquitetura, Comunicações, Elétrica e Mecânica. Os projetos de cada uma delas devem ser muito bem coordenados para se obter como resultado um Data Center eficiente.
A norma classifica ainda os Data Centers em quatro Tiers (níveis), numerados de um a quatro:
- Tier 1: Data Center básico
- Tier 2: Data Center com componentes redundantes
- Tier 3: Data Center que permite manutenção sem paradasTier
- 4: Data Center tolerante a falhas
Para cada uma das quatro disciplinas listadas acima, há um conjunto de requisitos obrigatórios para que se atinja cada um dos níveis. A classificação geral do Data Center é igual à classificação que recebeu o nível mais baixo.
E qual o impacto que cada um desses quatro níveis pode ter na disponibilidade do Data Center? Segundo dados levantados pelo Uptime Institute®, um Data Center de nível quatro fica, em média, 26 minutos por ano “fora do ar”. A seguir, a tabela completa de disponibilidade:
Disponibilidade dos Data Centers quanto ao seu nível/tier
Tier Disponibilidade Downtime anual
1 99,971% 28,8 horas
2 99,749% 22,0 horas
3 99,982% 1,6 hora (95 minutos)
4 99,995% 0,4 hora (26 minutos)
Fonte: Uptime InstituteE quanto pode custar para seu negócio um Data Center parado? Segundo pesquisas internacionais, pode ser muito caro! Abaixo, uma lista com as estimativas de custos associados a paradas de rede em diversos segmentos.
Tipo de Negócio Custo de Downtime por Hora (US$)
Operações de corretagem 6.450.000
Energia 2.817.846
Autorizações de vendas a crédito 2.600.000
Telecomunicações 2.066.245
Indústria 1.610.654
Instituições financeiras 1.495.134
Seguros 1.202.444
Saúde 636.030
Reservas aéreas 90.000
Vamos fazer um exercício rápido: vale a pena uma empresa do ramo de seguros investir no upgrade de nível de seu Data Center, digamos, de tier 1 para tier 2? Segundo as tabelas acima, esse upgrade poderia diminuir em 6,8 horas o downtime anual.
Para esse segmento de mercado, isso representaria uma economia anual de US$ 8.176.619,20!
E quais seriam as diferenças básicas entre esses níveis, ou tiers? Um Data Center de nível 1 não possui redundância alguma, mas cumpre diversos requisitos de segurança, desempenho e documentação. O nível 2 deve possuir um mínimo de redundância, como por exemplo fontes redundantes e backbones com o dobro da capacidade minimamente necessária. Data Centers de nível 3 necessitam alimentação duplicada das operadoras de energia e de telecomunicações, além de redundância de caminhos e gerenciamento total através de software especializado. Para o nível 4, a redundância deve ser total, com sistemas vitais totalmente duplicados e tolerância a falhas durante o pior evento.
A seguir, alguns exemplos de requisitos e os respectivos níveis onde são exigidos:
- Cabos ópticos com armadura do tipo interlock (nível 4)
- Software de gerenciamento da planta física (nível 3)
- Backbones redundantes, sendo um ativo e outro passivo, por caminhos diferentes (nível 3)
- Backbones redundantes, ambos ativos, por caminhos diferentes (nível 4)
- Duas salas de entrada de operadoras (nível 3)
- Equipamentos de telecomunicações com fontes redundantes (nível 2)
- Patch cords etiquetados com a identificação das portas onde estão conectados (nível 2).
Como pudemos ver, o projeto de Data Centers tornou-se uma Ciência. E como tal, deve ser estudado, planejado e cuidadosamente implantado e mantido.
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